sábado, 29 de agosto de 2015

Lusíadas#009. Esta é a minha ditosa e amada Pátria...

Um novo episódio de "OS LUSÍADAS"

Tal entusiasmo tem despertado entre os amigos do «Cavaleiro Andante» a leitura de algumas estâncias de «Os Lusíadas» que temos tido o prazer de lhes oferecer com ilustrações de Fernando Bento, que não hesitamos em continuar divulgando entre os novos as estrofes do mais belo dos poemas escritos em língua portuguesa.
As duas belas estâncias de hoje pertencem à narração de Vasco da Gama ao Rei de Melinde, quando o grande navegador diz, referindo-se a Portugal: — Aqui temos, como vértice da cabeça de toda a Europa, o reino de Portugal onde acaba a terra e começa o mar e onde o sol se esconde no Oceano; e ao qual permitiu o justo céu que florescesse na guerra contra torpes mouros, expulsando-os do país e nem lhes consentindo que estivessem sossegados na própria África.
É esta a minha ditosa e amada pátria na qual desejo morrer se o céu me permitir que eu a ela regresse sem perigo e com este empreendimento realizado.
Ali foi a antiga Lusitânia, derivada de Luso, ou Lisa, que foram, ao que parece, filhos ou companheiros de Baco e seus primeiros habitantes.
Assim falou o Poeta antes de começar a narrativa da História de Portugal... Peguem no vosso exemplar de «Os Lusíadas» e leiam-na. Não se arrependerão...
 

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

BD0293. O fugitivo da torre vermelha

Nos fascículos 56 a 75 do Cavaleiro Andante surgiu mais uma história assinada por Caprioli que, para além do argumento principal e a que dá título, narra o começo da vida militante de São Francisco de Assis e a natureza de alguns dos seus seguidores.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Lusíadas#008. Foge, foge, português...

MAIS UM EPISÓDIO DE "OS LUSÍADAS"

...temos hoje o prazer de oferecer aos que nos leem.
Nele Camões nos narra aquele passo em que o deus Mercúrio apareceu em sonhos a Vasco da Gama, dizendo: «Foge, foge, português, da cilada que este malvado rei está urdindo para vos matar todos e destruir as naus. Foge, que o vento e os deuses te favorecem, o tempo e o mar estão calmos e em outro sítio não longe daqui encontrarás outro rei mais teu amigo, em cujo pôr-to poderás abrigar-te com segurança.
Aqui, em Mombaça, espera-te a hospedagem que o cruel Diomedes, rei da Trácia dava no seu reino, fazendo comer pelos seus cavalos os infelizes a quem hospedava. Se aqui te demorares, terás como certos os altares onde o rei Busíris do Egipto costumava sacrificar os seus desgraçados hóspedes. Foge, foge, desta gente pérfida e feroz...»
Fernando Bento ilustrou com rara felicidade esta passagem do maravilhoso poema de Camões. E temos á certeza de que, entusiasmados com as ilustrações e admirados de que seja, afinal, tão simples compreender o que o Poeta disse, todos os rapazes passarão a ler «Os Lusíadas» com o mesmo interesse que põem na leitura de certos romances de aventuras.
 

sábado, 22 de agosto de 2015

Lusíadas#007. A palavra de Egas Moniz

Um episódio célebre DA HISTÓRIA DE PORTUGAL

... é o que nos contam as duas estâncias de «Os Lusíadas» que hoje publicamos e que Fernando Bento tão bem soube interpretar.
Quem não conhece no verdade, o famoso gesto de Egas Moniz, apresentando-se ao Rei de Castela, poro resgatar com a sua vida e as dos seus a palavra de D. Afonso Henriques?
Tinha findado o prazo ajustado — diz-nos o Poeta — dentro do qual o Rui de Costela aguardara que o Príncipe submetido à sua autoridade lhe prestasse a esperada homenagem. Vendo Egas Moniz que seria tido como perjuro, coisa que Castela não poderia supor do seu carácter, resolveu dar a preciosa existência em troca da palavra que não fora cumprida.
E partiu para Castela, acompanhado dos filhos e da mulher, a fim de com eles satisfazer a fiança. Iam descalços e tão singelamente vestidos, que mais incitavam à compaixão que à vingança. E assim falou Egas Moniz ao Rei: «Se pretendes, ilustre rei, vingar-te da minha temerário confiança, aqui me tens, disposto a redimir com a vida o compromisso que tomei».
O que depois se passou sabem-no todos que estudaram a nossa História. Mas — creiam! — contado por Camões o episódio ganha em beleza e elevação. Não deixem de o ler até ao fim...
 
 

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Lusíadas#006. Os doze de Inglaterra

Na página 3...

... encontrarão os nossos amigos, já apaixonados pela leitura de «Os Lusíadas», mais um passo do famoso poema de Luís de Camões. Ilustrou-o, com a compreensão e a arte de sempre, o grande desenhador português Fernando Bento.
As duas estâncias que hoje publicamos, fazem parte do episódio conhecido pelo de «Os Doze de Inglaterra», evocando os doze valentes cavaleiros portugueses, a fina flor da corte de D. João I, que se bateram em desagravo das damas inglesas, ofendidas pelos seus próprios compatriotas.
Começou o torneio em que brilhou como herói o célebre Magriço. O estrépito dos cavalos fazia estremecer o chão. Os corações dos espectadores alvoraçavam-se e enchiam-se de receio. Alguns dos contendores voam, não descem de cima dos cavalos; outros gemendo, vêm a terra com as montadas, outros, com o próprio sangue tornam vermelhas as brancas armaduras, outros ainda, caindo para trás, tocam com os penachos do elmo os ancas dos carcéis.
Alguns dos combatentes encontraram a morte no torneio. Aqui, anda correndo um cavalo sem cavaleiro e, além, um cavaleiro sem cavalo. Cai do seu pedestal a soberba dos ingleses, que já têm dois ou três cavaleiros fora de combate. E os que tinham ido à peleja, armados de espada, encontraram na sua frente mais do que armas defensivas, porque tinham quem bravamente os atacasse.
Estas duas famosas estâncias certamente darão aos nossos leitores o desejo de conhecer todo o episódio... Não se demorem a fazê-lo e poderão gozar momentos de grande prazer espiritual.

sábado, 15 de agosto de 2015

Lusíadas#005. A linda Inês

QUATRO ESTÂNCIAS de "OS LUSÍADAS"

Prosseguindo na divulgação das formosíssimas estâncias de «Os Lusíadas», temos hoje o prazer de oferecer aos nossos leitores mais uma página do maravilhoso poema, magistralmente ilustrado por Fernando Bento.
Fala-nos Camões, nestas quatro estâncias, na formosa Inês de Castro, a que «depois de morta foi rainha». E diz-nos que estava Inês, tranquila e descuidado, colhendo o fruto da sua mocidade, naquele feliz e ingénuo engano de alma que a fatalidade não deixa durar muito. Ensinava aos montes e às plantas o nome de D. Pedro, que trazia gravado no coração. Ali, nos campos do Mondego, se encontravam as saudades de ambos. Tudo quanto ambos pensavam eram alegres recordações dos seus dias felizes.
E Camões lembra os casamentos que D. Pedro rejeitara, preso ao rosto meigo de D. Inês. Mas, infelizmente, D. Afonso IV, seu velho pai, vendo que o povo murmurava por o filho se recusar a casar pela segunda vez, resolveu que Inês desaparecesse do mundo.
O Poeta fecha esta estância perguntando: «Que delírio, que fúria avassalou D. Afonso IV, a ponto de permitir que a fina espada que aguentara o formidável ímpeto dos exércitos mouros se levantasse contra uma dama fraca e delicada?»
Mas o precioso quadro que nos descreve a morte de Inês não finda aqui. Peguem no vosso exemplar de «Os Lusíadas», continuem a leitura e... verão como se sentem empolgados por ele,
 

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

BD0291. Sexton Blake em «O rapto do campeão»


Sexton Blake é um herói cujas aventuras têm sempre ação trepidante. Na atual, esta caraterística é acentuada pela velocidade do ambiente de corridas onde Tinker e o seu mestre Sexton se revelam verdadeiros ases.


terça-feira, 11 de agosto de 2015

Lusíadas#004. Batalha de Aljubarrota

A nossa página de "OS LUSÍADAS"

Senhores da reconfortante certeza de que ainda há, entre os rapazes que nos leem, alguns milhares capazes de se interessarem não só pelas modernas histórias de quadrilhas, como pelas obras imortais da literatura mundial, continuamos a publicar, de vez em quando, algumas estâncias de «Os Lusíadas», ilustradas pelo lápis talentoso e bem português de Fernando Bento.
As estâncias que hoje vão ler são aquelas em que Camões começa a descrição da batalha de Aljubarrota.
«Deu sinal a trombeta castelhana... e ouvindo esse sinal aterrorizador, o Guadiana retrocedeu cheio de medo. Esse som ecoou por todo o Portugal e chegou ao Monte Artrabo ou seja ao cabo Ortegal, ao Norte da Galiza. Os rostos empalidecem e o furor de vencer o adversário faz esquecer a perda dos membros ou da própria vida. Começa a travar-se a batalha, uns defendendo o terra onde nasceram, outros esperando conquistá-la. O primeiro a distinguir-se é o grande Pereira — D. Nuno Álvares Pereira — que semeia a terra com os corpos dos inimigos, daqueles que tanto pretendem a terra que não lhes pertence...»
Eis caros amigos, num breve resumo, o que nos conta o Poeta nas primeiras estâncias da sua vigorosa descrição da batalha de Aljubarrota.
Não é verdade que vocês vão imediatamente ler o resto?

sábado, 8 de agosto de 2015

Lusíadas#003. Adamastor

Mais uma página de OS LUSÍADAS


Temos hoje a certeza de que não nos enganávamos ao tomarmos a iniciativa de oferecer, uma vez por outra, aos nossos leitores algumas das mais belas estâncias de «Os Lusíadas». É possível que haja meia dúzia de simpáticos rapazes — dos que são sempre «do contra» — a acharem mal cabida a iniciativa das páginas do «Cavaleiro Andante». Mas, em compensação, milhares de leitores se mostram encantados com a ideia, que os ensinou a ver sob um ângulo diferente daquele a que estavam habituados, o mais belo poema da língua portuguesa.
A esses, dedicamos hoje mais duas estâncias da obra de Camões, estâncias que Fernando Bento ilustrou com um vigor e uma compreensão difíceis de igualar.
Vão, pois, ler na página seguinte as duas estâncias do Canto V em que o poeta retrata, com aquele seu extraordinário poder descritivo, a aparição do Gigante Adamastor aos marinheiros de Vasco do Gama.
Todos sabem, aliás, que o Adamastor não é mais do que o símbolo do terror dos antigos ao passarem o cabo da Boa Esperança. Os homens daquele tempo, não sabendo o que haveria para lá do majestoso cabo, imaginavam que um gigante poderoso se postara ali para lhes impedir c passagem.
E é o próprio almirante quem descreve a medonha figura, gigantesca, de rosto carrancudo, cabelos crespos, cheios de terra e dentes amarelos. Tão elevada era a sua estatura, que sem dúvida alguma igualava o Colosso de Rodes, uma das sete maravilhas do Mundo antigo. Quando o gigante começou a falar, a sua voz parecia sair do mar profundo. E a todos, ao valoroso almirante e aos seus homens, se arrepiaram as carnes e os cabelos só de o ouvir...
Eis, caros amigos, o que nos conta Luís de Camões nesta passagem do seu formoso poema.
Não se pode amar aquilo que não se conhece. E para que vocês, rapazes portugueses, amem e apreciem o mais alto poema da língua portuguesa, é preciso que o conheçam.


quinta-feira, 6 de agosto de 2015

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Lusíadas#002. O império cristão no norte de África

A Aventura de “OS LUSÍADAS"

Parece-nos que muitos dos nossos leitores gostaram da nova «aventura» que principiámos a oferecer-lhes no número passado, isto a avaliar pelas dezenas de cartas de aplauso que recebemos. Não foi uma surpresa para nós esse acolhimento, pois confiámos que a ideia seria bem recebida. Mas ainda bem que não nos enganámos.
E' claro: há sempre os que protestam por tudo e por nada, por «dá cá aquela palha», como se costuma dizer. São, neste caso, os que preferiam que, em vez de algumas oitavas de «Os Lusíadas», lhes déssemos mais uma página com as proezas de Sitting Bull ou do Capitão Audaz. Pois tenham paciência! Habituem-se a ler esses versos maravilhosos e a compreendê-los, sem receio de apanharem má nota, e verão que em breve lhes tomarão o gosto. E depois não se esqueçam: o jornal tem muitas aventuras, muitas secções — ainda por cima, contam agora com a separata sobre assuntos desportivos! Francamente, francamente, será demais reservar, de quando em quando, uma página para lembrar alguns feitos admiráveis da nossa História, através dos versos imortais de Camões, ilustrados primorosamente por Fernando Bento?
Aí têm hoje parte da dedicatória do poema. Luís de Camões consagrou-o ao jovem monarca D. Sebastião, a quem chama «maravilho fatal da nossa idade» e esperança do aumento da cristandade. Como sabem, o sonho do moço rei era construir um império cristão no norte de África. Infeliz mente, a sua ambição, perdeu-se nas areias de Alcácer Quibir. Diz-se que o poeta leu alguns passos da epopeia a D. Sebastião. E é fácil de acreditar que este se entusiasmasse com um livro que exaltava as façanhas dos portugueses, comparando-os aos maiores heróis de todos os tempos. Dizia Camões na sua dedicatória:
... vereis o nome engrandecido
Daqueles de quem sois senhor superno
E julgareis qual é mais excelente,
Se ser do mundo Rei, se de tal gente.
 

sábado, 1 de agosto de 2015

Lusíadas#001. As armas e os barões assinalados

Uma nova aventura
E se puséssemos de lado, por alguns momentos, as proezas do Zorro, as lutas dos «cow-boys» e dos peles-vermelhas e todas as outras histórias que fazem as delícias da rapaziada, e nos detivéssemos um pouco perante uma nova e maravilhosa aventura?
Quem a escreveu? Portugal. Quem a contou? Luís de Camões.
O nosso propósito é, na verdade, este: evocar alguns dos mais belos passos de «Os Lusíadas», ilustrados admiravelmente por Fernando Bento.
Afastem do espírito a ideia de que aquele poema é «uma estopada» que só serve para exercícios, gramaticais. Ninguém lhes vai perguntar aqui se determinado «que» é um pronome relativo ou uma conjunção integrante. O que desejamos, pura e simplesmente, é que leiam algumas das mais belas estrofes da nossa epopeia — uma das maiores de todos os tempos e de todas as línguas.
Reviverão, assim, as façanhas dos nossos heróis, os episódios gloriosos e dramáticos da nossa História: a morte de Inês de Castro, a batalha de Aljubarrota, o torneio dos onze de Inglaterra, o aparecimento do gigante Adamastor, e tantos outros, da mais extraordinária beleza e da mais forte sugestão.
Começamos hoje por apresentar-lhes as duas primeiras oitavas de «Os Lusíadas», onde o poeta diz o que se propõe cantar e a que se dá, por esse motivo, o nome de «proposição».
O assunto central do poema é a viagem de Vasco da Gama à índia. Mas isso não passa de um pretexto para se enaltecerem os feitos épicos dos portugueses. Diz Luís de Camões que pretende cantar e tornar célebres: as conquistas e os descobrimentos dos portugueses; a memória dos reis que dilataram a Fé e o Império; e todos aqueles que, não sendo navegadores, nem descobridores, nem monarcas, se imortalizaram igualmente pelas suas obras valorosas. Esclareça-se que Taprobana é Ceilão, e que o verso «mais do que prometia a força humana» quer dizer: -mais do que era de esperar da força humana.
E pronto! Leiam os versos e apreciem a ilustração. E estamos certos de que, depois, hão-de ter vontade de conhecer — o resto da aventura.
Pois uma vez por outra aqui a terão nas páginas do «Cavaleiro Andante», que nunca se esquece de que a história de Portugal é a mais vibrante e animada de todas as aventuras. E, ainda, por cima, verdadeira!
 

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