quarta-feira, 31 de julho de 2024

BD1623_Apr. As aventuras do Gendarme Corvalán


O gendarme mais atual da banda desenhada argentina foi criado por Sergio Almendro. Não temos a data de início desta série, mas deverá ter ocorrido em meados da década de sessenta. Em 1968 foi desenhado por Néstor Olivera, em 1973 por Alberto Macagno e em 1977 por Mario Morhain. Foram também responsáveis ​​pelo desenho García Durán e Horacio Altuna, este último um cartoonista que, ao que parece, não morre de amores pela personagem e fala depreciativamente do argumentista por ser - segundo Altuna - membro da Gendarmaria ou ter desempenhado funções na mesma (neste caso, Ray Collins).

Corvalán, na dicotomia bem versus mal,  era um dos bons: tinha uma consciência moral impecável, respeitava a lei, obedecia às ordens sempre corretas e comedidas dos seus superiores, perseguia os ladrões e contrabandistas, e nunca, nunca, cometeu uma injustiça contra quem quer que fosse. Isto não surpreende: o bom gendarme Corvalán era naquela época mais uma peça de uma bateria de penetração cultural que incluía banda desenhada com bons polícias, bons soldados e bons marinheiros através dos quais procuravam instalar-se "e sustentar" na sociedade argentina a imagem imaculada das forças armadas e de segurança.

Talvez pelo seu apego ao cumprimento do dever, Corvalán nunca se deixou prender por uma mulher, nunca se deixou arrastar para uma situação amorosa. Isto não significa que as histórias em que participa não tenham uma envolvente romântica.

No pequeno conjunto de trabalhos que vamos apresentar durante o mês de Agosto, podemos apreciar como o comandante do corpo de gendarmes é apreciado por duas beldades que, com ele, convivem quase diariamente. Elas suspiram, desejam-no, tudo fazem para o proteger em situações difíceis, mas ele como que as ignora. Não sabe o que perde, mas é com certeza um homem duro, um verdadeiro servidor da lei.

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