«O cão dos Arboë» sabia reconhecer os seus inimigos e provou-o numa última batalha fatal. Esta é mais uma história de Chevalier Ardent que extraímos do MA 374, segunda série.
Permitam-me que vos deixe com este texto de Luiz Beira dedicado a este generoso paladino:
TIVE o grato prazer de fazer em Moçambique, em 1973, um breve apontamento sobre o talento grato e sóbrio de François Craenhals. Isto valeu-me a bela surpresa de algum tempo depois, ter recebido um belo cartão deste banda-desenhista belga.
A gravura era um «retrato» do Chevalier Ardent; as palavras, essas não podiam ser de melhor gentileza e amizade. Por portas travessas, Craenhals teve conhecimento desse meu pequeno artigo e... descobriu até o meu endereço privado.
Que dizer agora e hoje?...
Que a admiração por este talento continua de pé e maior. Que, tanto as aventuras de Ardent, como as de Pom, Teddy, Maggy e Tarass-Boulba mereciam melhor sorte e melhor divulgação nas páginas portuguesas da especialidade. Perfeito rival do Prín-cipe Valente, de Hal Foster, Chevalier Ardera, é aquele generoso paladino, pleno de bravura e rebeldia, com um entusiasmo que nos encanta através das suas aventuras medievais tão plenas de acção como tão perfeitamente retratantes do pensamento, usos e costumes dessa tão distante época. Convém lembrar ainda que o «pai» de Ardem, ou seja François Craenhals, nasceu em Ixelles, a 15 de Novembro de 1926; é pois, do signo do Escorpião, tal como os nossos Fernando Bento e Artur Correia.
LUIS BEIRA