“Tommy, o Rapaz do Circo” (Tommy of the Big Top) é uma série em tiras diárias criada por John Lehti, cuja publicação nos jornais norte-americanos teve início em 28 de Outubro de 1946.
A sua estreia em Portugal ocorreu no nº 898 (31 de Janeiro de 1948) d’O Mosquito, onde alcançou grande êxito, a par de outras famosas séries americanas como Príncipe Valente, de Harold Foster, e Necas, Tonecas, Barbaças e Leocádia (The Katzenjammer’s Kids), de Rudolph Dirks e Harold Knerr.
A publicação n’O Mosquito somente foi interrompida no nº 1156 (22 de Julho de 1950), quase ao mesmo tempo que a do Príncipe Valente, porque os respectivos encargos autorais eram incomportáveis para a revista, que já se debatia com a forte concorrência do Mundo de Aventuras.
Foi então a vez deste juntar “Tommy, o Rapaz do Circo” à extensa galeria de heróis americanos que povoavam as suas páginas. E, por coincidência, Tommy estreou-se no nº 62, da 1ª série (19 de Outubro de 1950), ao lado de dois personagens que viriam também a conquistar os favores do público: Mandrake e Tomahawk Tom, este último uma criação portuguesa, com a marca de Roussado Pinto e Vítor Péon.
Infelizmente, pouco tempo depois, em 11 de Novembro desse mesmo ano, saiu a última tira de Tommy of the Big Top (inédita no MA). Cansado da árdua rotina da tira diária, John Lehti resolveu pôr o seu juvenil herói de parte, para se dedicar a outros projectos, entre eles uma página semanal focada em temas bíblicos, com o título Tales of the Great Book, que viria a obter êxito mais retumbante.
E foi este o imerecido destino de “Tommy, o Rapaz do Circo”, uma história diferente, única no seu género, cheia de ternura, emoção e peripécias divertidas — que, apesar da sua curta carreira, conquistou o coração dos leitores nas décadas de 40 e 50, mostrando por dentro o maravilhoso mundo do circo, onde a aventura, a acção, o amor e o perigo também estavam presentes, de forma amena e realista.
Fonte: O voo do mosquito
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