Esta história desvenda o segredo do tesoiro de Cleópatra. Por que seria ele constituído? A intervenção de Mandrake na resolução do problema foi, como se calculará decisiva, e não foi, com certeza, causadora de ilusão através dos seus gestos hipnóticos. Tudo foi relatado nos fascículos do MA 187 a 212.
quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
Seleções_MA#014. Mandrake em «Duelo Fantástico»
Aqui fica a reposição do notável «Duelo Fantástico» em que Mandrake defrontou e venceu o malvado Swammy, o mágico, a partir da edição do número 14 das Seleções do Mundo de Aventuras.
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
BD0313. Qual dos três
Esta é a primeira aventura de Ric Hochet, cuja publicação em Portugal, pouco depois de ter surgido no Tintin belga, levou a que o herói fosse chamado de João Nuno, um ardina que acabaria por ser recrutado pelo jornal «A Rajada» e que conseguiu identificar o polícia entre as três sinistras criaturas que podemos visualizar na capa.
Por curiosidade, apresentamos a capa original de «Qual dos três» e convidamo-lo a ler um texto de O Gato Alfarrabista sobre esta aventura.sábado, 26 de dezembro de 2015
BD0312. Cuto em «O lago fatal»
Aquele lago está embruxado, nele habitando um conjunto de demónios. Mas Cuto não resiste e quer tomar banho naquelas águas metendo-se em razoável sarilho. Leia «O lago fatal», história publica nos fascículos do MA 200 a 206.
sexta-feira, 25 de dezembro de 2015
quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
BD0311. Johnny Hazard em «Cerise, artista de cinema»
Uma actriz arrogante, falida e dependente encontra um diamante e procura apossar-se dele. Hazzard anda por perto e acaba por se relacionar com o seu empresário tudo se conjugando numa história bastante movimentada. O relato surgiu nos fascículos do MA 187-196.
terça-feira, 22 de dezembro de 2015
BD0310. O estribo de ouro
Quando o banqueiro Patrick Urban morreu, todos os seus bens foram leiloados para cobrir as dívidas que deixara. A filha, Marjory, não resistiu quando viu o seu pequeno potro ser leiloado e pagou 100 dólares para ficar com ele. Começou aqui um percurso que viria a revelar-se vitorioso...
«O estribo de ouro» é uma pequena história desenhada por Funcken, publicada no Cavaleiro Andante nº 105
sábado, 19 de dezembro de 2015
BD0309. Uma aventura em Rabat
Prosseguindo com a divulgação de alguma BD publicada no Pajem do Cavaleiro Andante, apresentamos hoje uma história cheia de vida criada por Artur Correia no melhor estilo do autor.
Imagine-se o leitor apaixonado por alguém com um véu cuja imagem é totalmente distinta da imaginada no momento em que é retirado.
"Uma aventura em Rabat" foi publicada em doze fascículos do Pajem, iniciando-se com o número 98.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
BD0308. Uma aventura de Tom Mix
Entre os fascículos 185 e 191, o Mundo de Aventuras apesentou uma pequena aventura de Tom Mix, sem identificação de autor, que aqui reproduzimos.
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
BD0307. A palavra de Egas Moniz
Continuamos com a obra de Vitor Peon, apresentando mais um trabalho desta vez com fundamento histórico: «A palavra de Egas Moniz». Partindo de uma longa citação de Herculano em «História de Portugal», Péon idealiza um conjunto de peripécias acerca da atuação daquela nobre figura. A história desenrola-se por 20 fascículos, começando no 177.
sábado, 12 de dezembro de 2015
BD0306. Pirro em «Um caso de contrabando»
Pirro é uma espécie do Jackie, companheiro de aventuras de Tomahawk Tom, a atuar sozinho, com a diferença de que este provem dos tempos contemporâneos, mas o seu entusiasmo por histórias do Oeste é tal que, ao ser expulso de uma sala de cinema, acaba por ser atropelado e levado em sonhos aos temas que o entusiasmavam.
A figura é, mais uma vez, uma criação de Péon e Caygill e mostra todos os ingredientes já conhecidos. Os autores fervilhavam de imaginação num momento único da BD em Portugal. A história «Um caso de contrabando», iniciou-se no fascículo 187 3 prolongou-se até ao número 203.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
BD0305. O filho de Zama
A colaboração entre Vitor Péon e Edgar Caygill estendeu-se a temas para além do Oeste. As páginas associadas a Zama são uma dessas incursões em outras áreas e, iniciando-se no fascículo 204 do MA, estenderam-se até ao número 210.
Uma das curiosidades desta história é a própria participação dos autores como objeto de ilustração o que nos é fornecido nas pranchas iniciais. Comece-se por aí a leitura da história e imaginem-se os dois autores deitados, descontraídos, num quarto da Lisboa dos anos 50 a delinear novas aventuras.
Quanto a Zama: não reúne as minhas melhores simpatias quer pelo tema quer pelo desenho. Por vezes, Péon tem um traço esquisito em que anatomicamente as suas personagens surgem deformadas...
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
Condor#03. Tomahawk Tom em «Colt City, cidade sem lei»
Aqui fica a recuperação de mais um magnífico exemplar da Coleção Condor com a história da luta de Tomahawk Tom contra o famigerado Vila Vargas, de acordo com argumento de Edgar Caygill, um pseudónimo de Roussada Pinto.
Condor#01. Tomahawk Tom em «Reg Tooper, o renegado»
Numa semana que vamos dedicar a Vitor Peon, começamos por recuperar um fascículo da Coleção Condor, já publicado neste blog, mas que a voracidade do FileFactory levou a desaparecer. Ei-lo num novo servidor de ficheiros.
sábado, 5 de dezembro de 2015
BD0303. Punhos de Aço
«Punhos de Aço» é uma história portadora de considerável intensidade dramática, desenrolada no perigoso mundo do box, que se estendeu por 53 fascículos do Cavaleiro Andante, com início no nº 78, retratando a vida de um jovem prometedor, Dan Santiago, que, para chegar a campeão, teve de enfrentar um conjunto de indivíduos que se dedicavam às mais estranhas atividades.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
BD0329. Uma aventura de Cuto
Eis uma interessante aventura de Cuto, onde o autor, Jesus Blasco, explora muito bem a estranha fisionomia de um jovem amante da cultura que acabou por colaborar com o nosso herói na resolução de estranhíssimo caso. A publicação teve lugar nos fascículos do MA 192-199.
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
BD0328. Buck Jones em «O bandido branco»
Um jovem é expulso de Alkali por uma quadrilha por pretensa batota ao jogo. Os membros da quadrilha tentam apoderar-se do jogo na cidade e expulsar o valoroso xerife Buck Jones, pelo que fazem surgir «O Bandido Branco» com o intuito de inculpar o jovem expulso e chamar a atenção do xerife. Esta história iniciou a publicação no Mundo de Aventuras 184 de 19-02-1953 e estendeu-se por 7 fascículos.
sábado, 28 de novembro de 2015
BD0327. Scaramouche
Na França pré-revolucionária, a rainha Maria Antonieta pede a seu primo Noel, marquês de Maynes, que descubra a identidade de Marcus Brutus, um panfleteiro que ataca com seus folhetos a decadente aristocracia. Logo se descobre que ele é Philippe de Valmorin, grande amigo do aventureiro André Moreau.
Este tenta ajudá-lo a escapar mas não consegue impedir que Philippe seja morto pelo marquês num duelo de floretes. Moreau nada pudera fazer, pois o marquês era tido então como o melhor espadachim da França.
Só lhe restou fugir, se escondendo em uma companhia teatral, sob a máscara ridícula do cômico Scaramouche. Mas Moreau jurou vingança e se dedicará a aperfeiçoar sua esgrima a fim de desafiar o marquês para um duelo mortal. Durante sua busca por vingança, Moreau se apaixona por Aline, mas julga que esta é sua irmã e se distancia. Aline é cortejada por Noel, enquanto Moreau começa sua vingança usando a máscara.
No duelo final, Moreau vence Noel, mas não consegue concretizar sua vingança e matá-lo... mais tarde, descobre que este é seu verdadeiro irmão e finalmente se casa com Aline.
Com base num romance de Rafael Sabatini de 1921 que originou um filme com o mesmo nome (Scaramouche) famoso na época, eis uma curta história de BD assinada por Craenhals, aparecida no Cavaleiro Andante nº 110.
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
BD0326. Rip Kirby em «A jogadora»
Rip é chamado a um navio onde uma menina atraente se divertia a depenar incautos milionários. A pobre rapariga acabou por cair na armadilha que ele lhe montou, não sem este ter conhecido o sabor dos seus deliciosos lábios. Esta é mais uma aventura desenhada por Prentice que evidencia a fidelidade ao estilo. Mas a doce Honey... mais uma vez não aparece (o malvado desenhador já a esqueceu). A completar, uma história de José Sopapo...
terça-feira, 24 de novembro de 2015
BD0325. O alegre espadachim
Espoliado pelo irmão, João de la Morliere foge de cas acompanhado pelo seu leal servo e acaba por se integrar numa companhia de teatro que o conduz às tropas francesas encontrando aí um posto e uma menina que o faria feliz. Este é mais um trabalho de Jean Graton que demonstra que quando Michel Vaillant chegou, já vinha formatado por mais de vinte encarnações entre as quais a de alegre espadachim...
sábado, 21 de novembro de 2015
BD0324. As partidas de Anita
Com sete meses de idade, a Anita já era o terror lá de casa e que o diga a bicharada que andava perto dela. Isso mesmo nos confessa Fernando Bento num conjunto de páginas que a acompanha até perto dos três anos em que ele próprio se mostra como vitima das ordens da terrível menina.
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
Condor#13. Cisco Kid contra Punhal Afiado
Punhal Afiado não era um valente guerreiro índio, mas um branco barrigudo que se dedicava ao crime e a quem Cisco veio a fazer frente. Aqui fica a reposição desta aventura publicada no fascículo 13 da Coleção Condor.
Cuto#119. Cisco Kid em «O pintor francês»
Aqui fica a digitalização de parte do Jornal do Cuto, fascículo 119, no que respeita à aventura «O Pintor Francês», assinada por Salinas e de que o herói é Cisco Kid.
terça-feira, 17 de novembro de 2015
BD0323. Zé Miúdo
Ainda me lembro do último jogo de futebol onde fui player, junto à Câmara, num local que hoje está pejado de edifícios. Garcês, com mais uns aninhos, agarrou bem o tema e produziu esta BD curta que surgiu no Cavaleiro Andante 167.
sábado, 14 de novembro de 2015
BD0322. A Torre das Sete Luzes
Após as invasões napoleónicas. as dissensões entre liberais e miguelistas fizeram com que o Marquês de Castelo-Novo, entristecido, incapaz de tomar posição por uma das fações, partisse para a Escócia, procurando a paz na propriedade de um tio. Mas, mal pronunciou o nome do local para onde se dirigia, numa estalagem, sentiu que algo de estranho se passava e lhe iria perturbar a estadia. Eis o relato pelo lápis mágico de Fernando Bento
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
BD0321. Coleção Rodeo, fascículo 83
A Coleção Rodeo surgiu como uma resposta da IBIS ao sucesso do Condor Popular e do Ciclone na APR, mas o seu efeito não foi tão catastrófico como o operado pelo seu acordo com a Bruguera ao nível das novelas populares. Apesar de tudo, a BD disponibilizada na Rodeo tem um traço agradável e as histórias primam pela constante presença feminina, desmentindo amplamente aquela máxima de que «no final, casou com o cavalo...». Na Rodeo, há mulheres e bonitas e com um papel activo.
Mas as histórias parecem-me um pouco frágeis talvez devido às implicações de formatação: um livrinho de 32 páginas tem sempre 3 histórias.
O fascículo 83 está de acordo com o retrato apresentado e as histórias que fazem parte do mesmo têm os nomes:
Preço muito alto!,
Cercados pelo ódio e
Destino fatal.
Nestas histórias a chantagem, a ameaça e a mentira têm um efeito inicial dominante, mas, como sempre, os bons dão a volta à situação.
terça-feira, 10 de novembro de 2015
BD0320. As primeiras páginas de Zé Quitolas
Zé Quitolas é mais uma criação de Fernando Bento que foi aparecendo no Pajem do Cavaleiro Andante e que foi sujeito às mais variadas provas para que um verdadeiro campino pode ser desafiado.
Aqui ficam as primeiras 10 páginas para vos fazer crescer o desejo de voltarmos a esta figura. Oportunamente, será disponibilizado ficheiro para download com um Zé Quitolas pleno.
sábado, 7 de novembro de 2015
BD0319. O regresso de Sitting Bull
Hoje, completamos a obra de Duteurtre «Sitting Bull» na qual se narra a vida de uma família de pioneiros que, em certo momento, o acolheu e do qual passou a receber proteção. Esta segunda parte continua a descrição da malvada atividade do traficante de armas «Fred, o vermelho» e todas as manigâncias para fazer explodir o conflito com os índios.
As situações de provocação são cada vez mais graves e tudo tem o momento culminante num conflito que faz lembrar o conhecido Little Big Horn de que podem encontrar documentação em O Gato Alfarrabista pela mão de Jorge Magalhães. Os brancos são dizimados, Sitting Bull respeita o corpo do valente oficial capitão Brown e os nossos amigos Miguel e Cristina vão estabelecer-se longe da vivência dos seus irmão de raça.
quinta-feira, 5 de novembro de 2015
BD0318. Missão Perigosa
«Missão Perigosa» é uma aventura assinada por Raymon Macherot que hoje trazemos ao Páginas de BD e que teve publicação em 1955 no fascículo 169 do Cavaleiro Andante. Aqui os nomes dos protagonistas foram aportuguesados, mas tudo lembra o ambiente do nosso amigo Clorofila.
terça-feira, 3 de novembro de 2015
MA#164_171. Aventuras de Águia Branca
Eis uma aventura de Águia Branca que já tínhamos apresentado e a que tirámos alguma sujidade. Tal como dissemos no início, nela encontram todos os elementos já referidos a nível da sua caraterização: a figura de Steve Adams, a sua transformação no índio justiceiro na gruta secreta, o seu fácil relacionamento com índios e brancos, o magnífico Palomino Fury e o seu sócio Patrick.
sábado, 31 de outubro de 2015
BD0317. O Falcão
Eis mais um notável trabalho de Garcês, este retratando a resistência do povo português às invasões napoleónicas e denunciando o colaboracionismo de alguns oficiais. «O Falcão» foi publicado nos fascículos 73 a 103 do Cavaleiro Andante, com início em 23 de Maio de 1953.
Em Maio de 1987, alguns meses depois de Garcês comemorar a publicação do seu primeiro trabalho de BD em «O Mosquito» e designado «O inferno verde», surge uma segunda edição no fascículo 3 dos Cadernos de Banda Desenhada, um documento muito rico com uma entrevista ao autor de Luis Beira, um texto de José de Matos Cruz e um inventário acerca de BD sobre a História de Portugal elaborado por Jorge Magalhães. Aqui fica o texto de Matos Cruz:
Em Maio de 1987, alguns meses depois de Garcês comemorar a publicação do seu primeiro trabalho de BD em «O Mosquito» e designado «O inferno verde», surge uma segunda edição no fascículo 3 dos Cadernos de Banda Desenhada, um documento muito rico com uma entrevista ao autor de Luis Beira, um texto de José de Matos Cruz e um inventário acerca de BD sobre a História de Portugal elaborado por Jorge Magalhães. Aqui fica o texto de Matos Cruz:
Entre 23 de Maio e 19 de Dezembro de 1953, dos números 73 ao
103, o Cavaleiro Andante publicava uma das bandas desenhadas que mais renderiam
o culto dos leitores: O Falcão, com texto de Mascarenhas Barreto e ilustrações
de José Garcês, cuja intensidade mítica se projeta da própria obra ao ciclo de
incidências que agregou.
Trata-se duma abordagem centrada na invasão de Portugal,
pelas forças francesas sob a liderança do general Andoche Junot, e que decorreu
de 15 de Outubro de 1807 a 30 de Agosto de 1808. Cerca de dez meses — dos quais
se cumprem, agora, cento e oitenta anos — que abalaram a unidade da pátria e,
de modo crucial, marcariam o futuro do País, tendo Garcês ousado a respetiva
evocação em apenas trinta inspiradas pranchas, aliás escamoteando a estrita
abordagem verista, implícita numa reconstituição histórica. Pelo contrário,
pode mesmo aferir-se que essa terá sido a ênfase que menos o interessou: não
deixando de pontuar a narrativa com sinais duma circunscrição objetiva,
estimulá-lo--ia sobretudo a recorrência virtual, essa abrangente margem na qual
se ritualizam a lenda heroica e a gesta popular.
As invasões francesas servem, assim, de fundo histórico a
uma transfiguração lendária, que resulta do eco de resistência entre a
população — desde que germina e se mobiliza, até ao papel decisivo que
desempenhará na expulsão do inimigo. Consubstancia-se deste modo uma identificação
em prol da autonomia nacional, aliás personificada por um novel e como que
predestinado nobre, D. José de Ribamar — cujas façanhas se precipitarão após a
devassa de propriedades e destruição do seu solar... Ao contemplar os escombros
calcinados, torna-se solene um pacto reabilitador, correspondendo — ao desenraizamento
estratégico e deambulatório — a assunção duma mística secreta como
revolucionário, sob o código de Falcão. Segundo a sugestiva planificação, tudo
se determina sensivelmente a meio do entrecho, na origem concebido para ser
cada semana divulgado, cabendo destacar o clímax de alusões gráficas que nessa
altura (lance número 17) é estabelecido por Garcês, paralelamente culminando a
fase de viragem em que se decidirão os desígnios de enfrentamento e liberdade.
Persiste, deste modo, um contínuo fluxo de implicação ou
ressonâncias entre o drama singular e o levantamento coletivo, a gestação duma
celebridade oculta mas providencial — por quem protagoniza os acontecimentos
que, em paralelo, desfilam e ficarão, na generalidade, preservados pelo registo
oficial... O Falcão colhe nesse tributo ao sortilégio das personalidades
carismáticas, fundido com a versão institucional que transparecerá da própria
realidade, uma fecunda margem de recriação, sagrando o eterno conflito entre os
valores da coragem, bravura ou lealdade, e os dilemas da traição, do
compromisso, da acomodação ou da desonra. Lamente-se, contudo, que Garcês haja
podido apenas indicar o contexto romântico da intriga, num enquadramento
individual — quanto à evolução afetiva entre Ribamar e D. Leonor de Monforte — em
que se privou de definir aspetos de aliciante contraste, como a psicologia
feminina ou a latente gama de tensões, entre o vínculo sentimental e a estima protetora
do irmão, que por ela terá realizado uma opção contra a própria natureza dos
seus ideais...
Aliás, o élan da guerrilha — supremo apelo de existência
aventurosa, vulnerável e volúvel segundo as mutações da ameaça exterior, que
viola um território como se visasse o coração dum povo, estimulando o resgate e
o rasgo solitário mas, enfim, aglutinador — seria este o sortilégio primordial
que motivou Garcês a constituir a saga de O Falcão. Sem recurso a filacteras, a
inserção do texto em rodapé foi concebida de forma adequada a estabelecer uma
leitura não só paralela como, basicamente, convergência e nuançando — assim — o
relato de solenidade clássica... Neste amplo fresco se organiza uma ação
sintética, mas equilibrada pela estratégia de corte entre a evocação geral e a
conjuntura particular — intercaladas e por vezes, mesmo, de inconclusa resolução.
Implícita no painel retrospetivo, emoldura-se uma atmosfera de época, em que o
vigoroso estilo de José Garcês ressalta a magnitude paisagística, o carácter da
arquitetura, o rigor do vestuário, a fluência coreográfica e a expressão
animalística. Um desenho ágil, de traço desenvolto e gracioso, colhe a
modernidade das figuras esbeltas, vitalizando certo hieratismo na gestualização
corporal, que lhes atribui uma elegante sobranceria icónica.
José de Matos-Cruz
quinta-feira, 29 de outubro de 2015
BD0316. Lúcio, o xerife em «O fantasma do vale»
Não sei se nos tempos do xerife de Alkali já havia aquela máxima: «ladrão que rouba a ladrão, tem mil anos de perdão...» A verdade é que, nesta aventura, o primeiro ladrão é que é o bom ladrão, pois roubou para salvar uma vida e tencionava trabalhar para devolver tudo. As coisas complicaram-se, foi assaltado, um homem morreu e, só com a ajuda do fantasma do vale o valoroso xerife conseguiu esclarecer este caso tão estranho. Aqui fica esta movimentada aventura publicada no fascículo 3 do volume 28 do Condor Popular.
terça-feira, 27 de outubro de 2015
BD0315. Isto é que é desporto
O Cavaleiro Andante número 107 trazia um apelo ao desporto jovem o que, a avaliar pela divertida capa, deverá ter tido significativo sucesso entre a juventude portuguesa naquele momento submetida a uma visão do mundo um tanto salazarenta.
sábado, 24 de outubro de 2015
BD0314. Aventuras de Marco Polo
Em Novembro de 1954, o Cavaleiro Andante iniciava a publicação das aventuras do grande navegador Marco Polo a qual se estendeu dos números 148 a 183. A história surge não assinada apesar de um desenho extremamente agradável. Por outro lado, a numeração parece evidenciar a falta de algumas páginas o que neste momento é impossível de esclarecer.
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