Ao longo destes anos de publicação, fui-me apercebendo de alguns problemas na disponibilização de BD. Se esta é feita em formato revista, no caso de uma revista com histórias em continuação, é desmotivante o seguir uma história; se é feita em formato aventura, perde-se o contexto da revista.
Decidi, assim, concretizar uma experiência baseada no seguinte. Em meados de 1956, quando chegou ao número 347, o Mundo de Aventuras reiniciou todas as histórias; essas e as seguintes iniciadas no mesmo ano terminaram até ao final deste formando um volume, o que ocorreu até ao final da segunda fase da primeira série (número 462). A experiência consiste em publicar o MA página a página (um post, uma página) a partir do final de um volume, para trás, e indexar essas páginas com o nome da aventura ou rúbrica e o número do fascículo, tornando possível seguir a história e ter acesso à revista.
Claro que isto é muito exigente, pois, estendendo-se uma história por vários fascículos, é preciso algum tempo para se ver alguma coisa, mas esse investimento inicial está feito, sendo já possível visualizar os MAs do fascículo 376 ao 385.
Já tivemos protestos (do blogger) devido à quantidade de posts num dia e já vimos coisas engraçadas como, por exemplo, uma secção policial (Quem foi), da autoria de um Mister... Ioso, ao melhor estilo do que hoje se publica (por exemplo, jornal Público aos domingos).
Espero então a V. visita ao que designei por Páginas do Mundo de Aventuras. E não se iludam com o tamanho da imagem: aquilo tem sempre 13xx por 18xx.
Caro Lobo Sentado,
ResponderEliminarAchei bastante interessante o seu novo blogue sobre o MA, e creio que a fórmula usada resulta muito bem pois, numa primeira visita, percebe-se intuitivamente a dinâmica das postagens, que são de fácil consulta para o leitor.
O único senão é a resolução das imagens ser tão baixa (repare que 70 dpi é poquíssimo; só mesmo para ler no ecrã, e mesmo assim, ao fazermos zoom, a imagem fica de imediato pixelizada...), o que é uma pena, depois de tanto tempo e esforço empregue por si neste projecto.
Sei que digitalizar, catalogar, postar, etc. todos estes posts não é fácil, são coisas que dão muito trabalho e requerem bastante tempo, mas uma vez que se propõe a essa tarefa e que o blogue está mesmo no início, deixe-me sugerir-lhe que publique as imagens com uma resolução mínima de 300 dpi (se for 400 ou 600 dpi, melhor ainda).
É claro que isso vai tornar as imagens mais pesadas, bem sei, mas só dessa forma as elas serão disponibilizadas com qualidade excelente e o seu labor não será em vão pois deixará sempre em aberto a possibilidade de, um dia, alguém poder aceder a esse material e (porque não?!) reedita-lo em álbum, com a melhor qualidade possível, o que seria mais um passo para preservar na memória estas revistas já tão raras.
De qualquer modo, não entenda isto como uma crítica mas sim como um conselho.
E por falar em MA, aproveito para homenagear e lamentar a morte do grande Carlos Alberto Santos, um dos nomes grandes desta mítica publicação, falecido anteontem no Hospital Egas Moniz... Sem ele o MA não teria atingido, certamente, a projecção que teve, pois aquelas capas do Carlos Alberto poderiam ombrear com as de qualquer revistas do... Mundo, sem favor nenhum. Paz à sua alma.
Obrigado por partilhar connosco estas saudosas revistas.
Grande abraço
Carlos Rico
Obrigado pelas suas palavras, caro Carlos Rico.
ResponderEliminarEm relação à publicação do Páginas do MA, por agora vamos ter de ficar assim, pois tudo está agendado até ao 347. Depois, é possível reatarmos a publicação de acordo com o seu conselho, isto é, pelo menos a 300 dpi.
De qualquer modo, o objetivo era apenas produzir «uma coisa visível na net» e tinha a sensação que ele ficava bem cumprido nos moldes adotados que não é bem os 70 dpi, mas 300 dpi redimensionados a 56% para gerar 13xx por 18xx.
Também lamento a morte do Carlos Alberto Santos cuja arte me acompanhou desde tenra idade. Aprecio muito o seu trabalho e várias vezes tem aparecido neste blog e no Páginas do MA. Esta perda de referências a que estamos sujeitos à medida do avanço da idade é terrível. Mas a obra do Carlos Alberto vai acompanhar os portugueses com certeza por muitos anos.
Um abraço do
Lobo Sentado
Caro Lobo Sentado,
ResponderEliminarEu calculava que você já tivesse uma boa parte dos posts agendados e, naturalmente, seria complicado estar a substituir todo esse trabalho.
De qualquer modo, recebi com apreço a sua disponibilidade para, a partir do 347 começar a publicar as imagens a 300 dpi.
Diz que o seu objectivo "era apenas produzir uma coisa visível na net". É claro que isso está perfeitamente conseguido, nos moldes actuais, mas repare que este trabalho a que se propõe é e será, certamente, um caso único. Provavelmente, ninguém mais o fez antes ou o fará depois de si, pela complexidade e, essencialmente, morosidade que acarreta.
Até mesmo você não estará livre de, um dia mais tarde, se arrepender de não ter publicado as imagens com mais resolução...
Portanto, vistas as coisas neste ponto, creio que vale a pena apostar nos 300 dpi a 100%, não lhe parece?
Obrigado, mais uma vez, por ter em consideração as minhas sugestões.
Quanto ao Carlos Alberto, é mesmo caso para dizer "O Homem parte, a Obra fica".
No próximo sábado vamos fazer-lhe, no BDBD, um merecido post de homenagem. Esperemos que seja uma ajuda para que a malta mais nova tenha maior consciência sobre a enorme perda que a BD portuguesa sofreu.
Um grande abraço
Carlos Rico