A nossa página de "OS LUSÍADAS"
Senhores da reconfortante certeza de que ainda há, entre os rapazes que nos leem, alguns milhares capazes de se interessarem não só pelas modernas histórias de quadrilhas, como pelas obras imortais da literatura mundial, continuamos a publicar, de vez em quando, algumas estâncias de «Os Lusíadas», ilustradas pelo lápis talentoso e bem português de Fernando Bento.
As estâncias que hoje vão ler são aquelas em que Camões começa a descrição da batalha de Aljubarrota.
«Deu sinal a trombeta castelhana... e ouvindo esse sinal aterrorizador, o Guadiana retrocedeu cheio de medo. Esse som ecoou por todo o Portugal e chegou ao Monte Artrabo ou seja ao cabo Ortegal, ao Norte da Galiza. Os rostos empalidecem e o furor de vencer o adversário faz esquecer a perda dos membros ou da própria vida. Começa a travar-se a batalha, uns defendendo o terra onde nasceram, outros esperando conquistá-la. O primeiro a distinguir-se é o grande Pereira — D. Nuno Álvares Pereira — que semeia a terra com os corpos dos inimigos, daqueles que tanto pretendem a terra que não lhes pertence...»
Eis caros amigos, num breve resumo, o que nos conta o Poeta nas primeiras estâncias da sua vigorosa descrição da batalha de Aljubarrota.
Não é verdade que vocês vão imediatamente ler o resto?
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