terça-feira, 18 de agosto de 2015

Lusíadas#006. Os doze de Inglaterra

Na página 3...

... encontrarão os nossos amigos, já apaixonados pela leitura de «Os Lusíadas», mais um passo do famoso poema de Luís de Camões. Ilustrou-o, com a compreensão e a arte de sempre, o grande desenhador português Fernando Bento.
As duas estâncias que hoje publicamos, fazem parte do episódio conhecido pelo de «Os Doze de Inglaterra», evocando os doze valentes cavaleiros portugueses, a fina flor da corte de D. João I, que se bateram em desagravo das damas inglesas, ofendidas pelos seus próprios compatriotas.
Começou o torneio em que brilhou como herói o célebre Magriço. O estrépito dos cavalos fazia estremecer o chão. Os corações dos espectadores alvoraçavam-se e enchiam-se de receio. Alguns dos contendores voam, não descem de cima dos cavalos; outros gemendo, vêm a terra com as montadas, outros, com o próprio sangue tornam vermelhas as brancas armaduras, outros ainda, caindo para trás, tocam com os penachos do elmo os ancas dos carcéis.
Alguns dos combatentes encontraram a morte no torneio. Aqui, anda correndo um cavalo sem cavaleiro e, além, um cavaleiro sem cavalo. Cai do seu pedestal a soberba dos ingleses, que já têm dois ou três cavaleiros fora de combate. E os que tinham ido à peleja, armados de espada, encontraram na sua frente mais do que armas defensivas, porque tinham quem bravamente os atacasse.
Estas duas famosas estâncias certamente darão aos nossos leitores o desejo de conhecer todo o episódio... Não se demorem a fazê-lo e poderão gozar momentos de grande prazer espiritual.

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